Dunas, só dunas!
Um calor ardente sufoca o ar que respiro. Deito-me na tenda improvisada
pelos tuaregues.
De olhos semicerrados imagino um mar salgado. Não, não quero sonhar!
Debato-me contra o sono e a secura extrema. Ao longe, o calor balança
para lá dos limites alcançáveis e volto a sonhar em tons de azul – uma gota
refresca os meus lábios ressequidos. Mais uma gota, por favor!
E a gota torna-se um lago imenso rodeado por um palmeiral.
Fátima Veríssimo,
52 anos, Seixal
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