16/07/13

Apenas uma gota de água

Dunas, só dunas!
Um calor ardente sufoca o ar que respiro. Deito-me na tenda improvisada pelos tuaregues.
De olhos semicerrados imagino um mar salgado. Não, não quero sonhar!
Debato-me contra o sono e a secura extrema. Ao longe, o calor balança para lá dos limites alcançáveis e volto a sonhar em tons de azul – uma gota refresca os meus lábios ressequidos. Mais uma gota, por favor!
E a gota torna-se um lago imenso rodeado por um palmeiral.

Fátima Veríssimo, 52 anos, Seixal


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