Pássaros de plumagem de penas
roxas, sobrevoavam perto do mar, e, sôfregos de peixe, respingavam salpicos de
maresia em redor da praia.
Ao pôr-do-sol, sorrateiramente
subiam pelo porto sem marés revoltas, rumando rumo ao sul.
Pela manhã passavam o rio, e
sabiam o sofrimento real do marinheiro e a solidão que do suplício surgia,
pareciam perdidos, soltavam-se e simulavam sons musicais, que pareciam risos
maravilhosos, partiam e sorriam.
Surgiam musas suplicando rogando
e pedindo silêncio e paz.
Maria Silvéria dos Mártires, 67 anos, Lisboa
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