O romper da alva era ainda uma promessa nos caminhos
poeirentos, onde a luz fosca de altos candeeiros pirilampeava
um verde baço, e já aquele bando de trabalhadores braçais, tropeava direito
para a debulha. Para a rega. Para roçar mato.
O estio ia bravo. A água escasseava. O rio estava seco.
Urgia escavar córregos que acautelassem regadio, apresando
o caudal vertiginoso da nascente. E assim se fez.
É que água de Julho, no rio
não faz barulho.
Elisabeth Oliveira
Janeiro, 68 anos, Lisboa
Desafio
Rádio Sim nº 3 – um dos provérbios dados no fim
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