– Para, Pedro!
Para Pedro, parar soava como perder. "Mais rápido,
Pedro! Mais rápido!", rosnava o professor. "P-E-R-D-E-D-O-R",
soletravam.
– Para, Pedro!
Mais que perder, parar soava como um sarro. "Menino
raro, esse Pedro", riam-se as meninas repetindo os pais. Pedro paspalho,
Pedro mané, Pedro sardento: um milhão de Pedros num só Pedro.
– Para, Pedro!
Mas Pedro seguiu com mãos sedentas. Saia rasgada, pescoço
roxo... as pernas sucumbiram facilmente. E Pedro uma, duas, três vezes.
Menino raro esse Pedro.
André Foltran, 17 anos, São José do Rio Preto, Brasil
Publicado aqui: http://andrefoltran.blogspot. com/
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