Declamei meu poema
E desenhei-to nas mãos
Derramei-lhe perfume de alfazema
Que me deram meus irmãos
Debruei-o de cetim
E para nada danificar
Dancei contigo no jardim
Declarei amor ao jasmim
E para não te desenganar
Disse que a ti devo
O meu amor dar
Desenraizei minhas dores
Derramei-as sobre o lume
E sem descurar amores
Determinei sem devassar
Dar-te o meu amor
Sem no meu coração detectar
Um simples queixume
Beijos te dei e declarei-me feliz
Maria Silvéria dos Mártires, 67 anos, Lisboa
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