Encapelaram-se
as ondas,
era
profundo,
frio,
escuro,
aquele
mar,
os
ilhéus sempre o quiseram Atlântico,
para
mim, eram as nuvens
que
quiseram ser espuma,
um
céu que quis ser líquido, colérico.
Não,
não
era assustador,
era
só um regresso,
uma visita.
O
rugido mantinha-se,
o
céu e as águas aliavam-se,
desprezando
o horizonte,
uma
aliança de jugo,
disforme.
Eu
escorria vento,
os
braços cruzados
como
insectos,
os
olhos marejados de sal
(húmida
esperança),
uma História naval banal.
Jaime
A., 49 anos, Lisboa
Desafio
nº 2 – “Sempre quis ser uma história”, palavras obrigatórias por ordem
inversa, neste caso pela ordem da frase
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