–
Eu sou sincero, isto de ver colegas,
excelentes professores, com horário zero, consome-me.
–
Toma! A quem o dizes. Eu tenho
quarenta anos e estou nesse barco. Sou efetiva há dezasseis… nesta escola!
–
Tu não me digas isso. Eu sou sincero, já
não aguento ouvir mais casos destes.
–
Toma,… acordaste agora? – Joana
cuspiu as palavras enraivecida. – Ainda não percebeste que professor não é
bicho de conta?
–
Até tenho vontade de me reformar… e olha que eu sou
sincero!
Maria José
Castro,
53 anos, Azeitão
(O “Toma” é usado no Seixal como uma
interjeição que exprime admiração ou reforça/intensifica o sentido da frase.
Infelizmente, não conheço a origem deste tique de linguagem que os Seixalenses
tão bem identificam, com certeza.)
Desafio nº 48
– diálogo em que uma personagem tem um tique de linguagem
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