Levantou o queixo. Não libertou uma única palavra. Arminda, a criada, levava-lhe um pequeno-almoço intragável. Não se lamentou. Largou o tabuleiro com chá e torradas e limpou a cama. Livrou-se
do pijama, lancinou Arminda com o
olhar e listou mentalmente os segredos partilhados outrora. A
criada lamuriou qualquer coisa
impercetível, mas Sofia não ligou. Laceraria ela a sua mãe com a terrível
verdade ou ludibriaria a patroa, lisonjeando as intermináveis qualidades
da jovem Sofia, como sempre?
Paula Ângelo, 48 anos, Portela
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