Levei tempo a levitar,
sem largar as memórias que ainda lavro sobre ti… Mas, depois de ler o rascunho do teu livro, lixei-me. Ladraste-me insultos ao longo dos
tempos que, só quando me lancei nas entrelinhas
da tua escrita, lembrei. Levaste o relacionamento ao fundo. Livrei-me de ti, mas não da tua
maldade. Louvei-te com afecto, liquidaste-me logo depois. Levantar-me, limar arestas, de cabeça a latejar,
limpar lágrimas e leiloar a tua afeição – agora, labutarei por isso.
Margarida
Fonseca Santos, 52 anos,
Lisboa
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