Noite
escura, oiço o silêncio
Estou
no meu leito macio
E
o tic-tac do relógio
Minha
casa, meu refúgio
Fecho
os olhos, e oiço ruídos
Parecem-me
passos perdidos
À
procura dum abrigo
E
fico a pensar, será mendigo?
Não
ter ninguém, que tristeza
Nem
um tecto, nem uma enxerga
Que
destino, que dureza
Mas
que vida tão amarga
Fecho
as luzes, fecho os olhos
Fico
a dormir, e em sonhos
Vejo
semblantes tristonhos
Na
procura de caminhos
Maria Silvéria dos Mártires, 67 anos,
Lisboa
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