02/08/13

Noite escura

Noite escura, oiço o silêncio
Estou no meu leito macio
E o tic-tac do relógio
Minha casa, meu refúgio

Fecho os olhos, e oiço ruídos
Parecem-me passos perdidos
À procura dum abrigo
E fico a pensar, será mendigo?

Não ter ninguém, que tristeza
Nem um tecto, nem uma enxerga
Que destino, que dureza
Mas que vida tão amarga

Fecho as luzes, fecho os olhos
Fico a dormir, e em sonhos
Vejo semblantes tristonhos
Na procura de caminhos


Maria Silvéria dos Mártires, 67 anos, Lisboa

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