Estava sentado só, num banco de jardim (ao qual tiraram as árvores para
seguir uma corrente artística contemporânea) e ousei entrar
numa conversa de elevador comigo próprio. Analisei o muro a mim oposto. Naquela
parede faltava um azulejo. O painel estava caprichosamente incompleto. Que
curiosa metáfora (pensei), coincide exactamente com o meu estado
de espírito por estes dias. Aquela parede estava perfeitamente
mutilada. Que pena, que pena que o azulejo esteja incompleto e a minha vida
também.
Salvador Fachada, 25 anos, Lisboa
(história sem desafio)
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