Da janela via o mundo
Aquela velha Senhora
Lembrando tudo o que fora
Passado feliz e fecundo
Espiava a praceta, seus segredos
Seus deslumbres, seus temores
Música dum realejo às
cores
Gaiatos brincando leves, ledos
Empregadas com os sustentos do dia
Moças de braço dado aos parceiros
Carros, motos, alunos e companheiros
Todos azafamando à porfia
Da cadeira ao sofá puído
Ralhava ao gato desmazelado
Regava plantas no vaso ao lado
Tudo abarcando, fosse silêncio ou ruído.
Elisabeth
Oliveira Janeiro, 69 anos, Lisboa
Desafio
nº 52 – uma história com
música, ruído e silêncio
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