20/10/13
Tempestade
A escuridão daquele dia
rasgava-nos a alma. Sombrio, desconsolador, de um imenso breu. As
nuvens fendiam pesadas, enormes, fazendo desvidrar o brilho de
Lisboa. Também o rio colérico, ia desferindo dilacerantes golpes, vagueados no
cais. Irrefutavelmente, a tempestade debatia-se sobre a cidade, não sendo de estranhar, que
se encontrasse agora vazia. Só eu, ali, como um intruso, assistindo
a um conflito de Titãs em que Poseidon, Úrano e Pérsefone eram
protagonistas, atento ao momento heróico de redição.
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