Na pista de dança, os
corpos deambulavam ao som da música. Dora decidida desceu até à pista, despiu-se de toda a timidez e dançou como se a sua
vida dependesse disso.
Desviaram-se aos poucos, deixando a pista praticamente vazia. No seu
íntimo, desenvolveu-se uma revolta para com todos eles. Pensamentos deambulavam na cabeça, dividida entre se devia ou não dizer algo.
Desistiu da dança, calmamente dirigiu-se à saída em absoluto silêncio. Dormiria e desenharia um novo amanhecer.
Carla Silva, 40 anos, Barbacena, Elvas
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