24/11/13

O Palhaço Rubi

Sempre que subia ao palco, a sua natural soberba de palhaço rico, experimentava uma acalmia que só a mudez e a economia de gestos burlescos lhe impunham.
Levava quase ao infinito o ensejo de agradar, mas pleno da firmeza que a conseguida prosperidade lhe tinha aplacado a inquietação sobre o futuro que, afinal, se apresentava agora, refulgente da luz da esperança.
O Palhaço Rubi cedia por fim à irrequietude da insegurança e gozava do alor do sucesso.

Elisabeth Oliveira Janeiro, 69 anos, Lisboa

Desafio nº 55 – reescrevendo um texto com contrários

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