Sempre que subia ao
palco, a sua natural soberba de palhaço rico, experimentava
uma acalmia que só a mudez e a economia de gestos
burlescos lhe impunham.
Levava quase ao infinito o ensejo de
agradar, mas pleno da firmeza que a conseguida prosperidade lhe
tinha aplacado a inquietação sobre o futuro que, afinal, se
apresentava agora, refulgente da luz da esperança.
O Palhaço Rubi cedia
por fim à irrequietude da insegurança e gozava do alor do
sucesso.
Elisabeth Oliveira
Janeiro, 69 anos, Lisboa
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