O golpe deixou-a sem ar, tonta. Depois
massajou o polegar.
Era um daqueles momentos em que coas os
pensamentos, procurando encontrar a saída do caos, mas as únicas
ideias que tens são ocas de sentido.
Duas suaves batidas na porta
apressaram-na. «Que saco!», pensou. Sentia asco até
da velha soca que espreitava debaixo da cama.
Não falaram muito durante o trajecto para
o hospital, onde o médico, desinteressado, empurrou o caso para o
enfermeiro:
– Quero que cosa!
Quita Miguel, 53 anos, Cascais
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