Após beber e jogar, em ziguezague, entrou
na casa de xisto. Com um pontapé abriu a porta. Já disse ao doutor
que só queria gritar com
todos, fugir e enterrar aquele
trabalho monótono, onde não podia ousar. Armado em forte,
borrifava-se para o murmurar
dos vizinhos. Acendeu a vela. Como um ruminante, roía as unhas para
suster a raiva. Mesmo imobilizado,
não havia maneira de acalmar. Só um livro para esquecer aquele caramelo
que o pretendia notificar.
Margarida Leite, 44 anos, Cucujães
Sem comentários:
Enviar um comentário