Pobre
abelha
Quando a abelha se pronunciou,
ninguém ligou. Bem podia murmurar ou até ruborizar – de nada adiantava. O jacaré
fugia, com o livro, enterrando assim as hipóteses de unir esforços e suster as ameaças imobilizadas na falésia. Ainda ousou notificar o
doutor,
carregando no botão de xisto, mas, sem querer,
escorregou no caramelo, acertou no copo, que
verteu o conteúdo para cima do burro. Ficou este
a zurrar, deixou o trabalho a meias e a
abelha, desesperada, gritou!
Margarida Fonseca
Santos, 53 anos, Lisboa
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