– Não,
não e não! Não quero, não como, não gosto de sopa! – dizia eu, miúda birrenta.
A mãe não
alterava a voz, fingindo não se irritar:
– Não
vês que não é sopa? É um jogo de letras a nadar
no prato.
– Não
acredito! A sério?! Nunca vi letras a nadar! E não
sei jogar…
Com paciência, a mãe começava o
jogo.
Não
sei se foi pelas “palavras” engolidas mas hoje não
dispenso sopa, nem jogos com palavras.
Palmira Martins, 58 anos, Vila Nova de Gaia
Desafio nº 59 – 14 vezes a palavra não
Sem comentários:
Enviar um comentário