Olhou-se no espelho. Tinha os olhos brilhantes pelas
lágrimas.
Nunca pensara ter de tomar uma decisão destas.
Seu namorado já decidira por um ponto final mas
a última palavra era dela.
Riso de crianças brincando na rua levaram-na à janela
e, colocando uma mão sobre a barriga, chorou de novo.
Decidir se um ser merece viver não se pode tomar de ânimo
leve.
Pesa demais na consciência.
Não é como escolher que vestir ou comer.
É irreversível.
Carla
Silva, 40 anos, Barbacena, Elvas
(história sem desafio)
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