Depois do fim de muitos anos de escuridão apareceu a luz.
Foi uma claridade muito intensa: deixou ver novas cores, ler novos poemas –
bolorentos dos muitos anos expostos à humidade das gavetas –, cantar cantigas
escondidas e engasgadas nas gargantas, abraçar antigos amigos encarcerados por
palavras e pensamentos, falar! Hoje cantamos – mesmo que a angústia de alguma
luz perdida nos deixe um nó no estômago – e gritamos e falamos. Não deixemos,
nunca mais, que nos privem da luz.
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