Sinto-me impotente,
olhando-a deitada.
Ultimamente está
sempre deitada. Tento conter as lágrimas. Minha mãe definhava dia-a-dia. Só me
resta ajudá-la. Tentar aliviar seu sofrimento.
Sempre fora muito
alegre. E agora ali estava. Prostrada, alheia a tudo. Doí vê-la assim, imóvel.
Lágrimas brilham-lhe nos olhos. Dão sinal de entendimento. Parecia perceber meu
sofrimento. Como só mãe percebe. Sofrendo, sofrendo por mim. Toquei seu rosto
cansado. Quase juro que sorriu. Pelo menos assim penso. Olhos brilham lágrimas.
Lágrimas caem.
Carla Silva, 40 anos, Barbacena, Elvas
Desafio RS nº
12 – texto em prosa com frases de 4
palavras
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