Acariciava-lhe as mãos
cheias de calos, mãos de quem trabalha a terra.
Durante muitos anos
envergonhara-se delas, melhor, de a quem pertenciam!
Aprendera com a vida a
reconhecer-lhe o valor. Arrependia-se da sua futilidade.
Nunca quisera ir a
casa nas férias, nem no natal. Preferia ficar em Lisboa com os tios. Sua mãe
tudo desculpava. Mas ela não se perdoava, nunca esqueceria que hoje, graças àquelas
mãos, aos sacrifícios da sua querida mãe Pastorisa, era advogada.
Carla Silva, 40 anos, Barbacena, Elvas
Desafio nº 65
– chamavam-lhe Pastorisa
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