Ela acompanhava-me como se nada tivesse acontecido, mas
eu percebia na sua face a mágoa.
Quis pedir-lhe perdão, mas as palavras atrapalharam-se dentro
de mim, criando um terreno
montanhoso que me forçava a percorrer. Jamais havia sentido aquela vontade de
me redimir e, em simultâneo, a incapacidade de me desculpar.
Durante algum tempo, segui em frente, andando rápido,
procurando ignorá-la.
De repente, como num passe de mágica, deixei que um
«desculpa» preenchesse o ar e então serenei.
Quita Miguel, 54 anos, Cascais
Desafio RS nº
13 – … palavras atrapalharam-se dentro…
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