Preso no tempo e no espaço,
estranhamente protegido, é desconcertante não poder fazer nada. Descobri
entretanto, que, se me mover muito lentamente, ninguém dá por isso.
É um processo doloroso mas poderá
ser a minha fuga.
Sinto que perco o controlo do
corpo e uma onda de dor toma conta de mim.
Que luz fortíssima é esta que me
fere os olhos?
Grito e ouço gritar: é um menino!
Concha Cassiano Neves, 67 anos, Lisboa
Desafio nº 64 – texto começando por “Depois do fim…”
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