Deitou-se ensonado com a pressão
do preconceito, qual diabo procurando a pureza dos céus. Queria dormir o
sessenta e seis e repousar as costas largas das maleitas. Inverteu-se nos sonhos
e encontrou um mundo de pernas para o ar, no qual havia noventa e nove razões para
não acordar. As nove dezenas adoravam as novas unidades. Viviam juntas, pois
eram as derradeiras na composição dos dois algarismos... Despertado pelos sete
anões, pediu o desejo da irrevogável hibernação.
Hélder Rodrigues, 35 anos, Vila Nova de Gaia
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