23/06/14

Não! Não!

NãoNão e não! Já disse que nãoNão quero que apanhes sol! – A mãe não gostava que eu me sentasse no quintal à espera deles porque, dizia ela, o sol  fazia-me mal. Mas eu não queria perder aquele baile: os boeiros, as poupas, os melros...  não desperdiçavam uma única semente: saltitantes, atarefados – parecia que não teriam outro manjar.  Não se importavam por ter companhia; não se inibiam e não deixavam de depenicar...
Não! Não! Sai daí!

Arménia Madail, 56 anos, Celorico de Basto

Desafio nº 59 – 14 vezes a palavra não

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