18/06/14

Perder-me de ilusão

Não, não quero morrer,
sem  acabar de escrever
aquilo que trago guardado 
num armário bem fechado,
dentro do meu coração...
Palavras soltas perdidas
bocados das nossas vidas,
regados com emoção...
Com agulhas de tricot,
feitas de asas cortadas,
aprendi com minha Avó,
a tecer contos de fadas...
Coisas simples desse tempo,
que me dão agora alento,
para abrir meu coração
e as atirar ao vento...
E se chegar esse dia,
vou-me tornar POESIA, 
vou-me perder de ilusão!


Isabel Lopo, 68 anos, Lisboa
(sem desafio, mas respondendo a um exercício de escrita criativa de um curso)

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