Eu gosto
dos ecrãs a 3D dos autocarros. As
pessoas
ganham mistério, nos seus caminhos, nas suas vidas.
Às vezes,
o autocarro apressa-se e vêem-se as pessoas ainda mais apressadas em direcção
ao passado. Na paragem, tento adivinhar para onde vai, o que faz todo aquele
povo, gente sem nome, sem destino.
Gosto de
me sentar no autocarro, janela aberta para a minha cidade, lufada de gente a
correr para um regresso de que nunca conseguirá fugir.
Jaime A., 50 anos,
Lisboa
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