Depois do fim, surgiu um longo tempo de enorme sofrimento,
amargura, revolta. Perdeu-se na vida; perdeu-se da vida. O tempo de paragem,
isolamento total, transformaram-na. Perdeu relações e a perspectiva da
realidade. Esta, outra, estranha, orientou os seus comportamentos: estranhos para
outros, dissonantes com a “normalidade”.
Vários anos. Paradoxalmente, acompanhou os filhos. Amou-os.
Pediu ajuda. Preciosa. Encontrou novos amigos, a sua vida profissional,
quase nula, melhorou.
As experiências vividas nesse tempo marcaram-na profundamente. É outra.
Até quando?!
Isabel
Pinto, 47 anos, Setúbal
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