Encontrara na confeitaria um
namorado da adolescência. Conversa circunstancial. De empreitada.
Oferece-lhe café. Do parapeito do
espaço espreitava-se Alfeite.
Desabafou: ao longo
deste tempo, cruzando-nos, quis partilhar confidências. Emocionado, diz-lhe:
foste a única miúda que me marcou, senti o que nunca mais senti. Estupefacta:
foste parvo; impedias-me fugir. “Era um miúdo, fazia asneiras”. (Que proveito? Que
efeito?).
“Hoje não escaparias.
Ao encontrarmo-nos sinto o sentimento do tempo passado. Agora, se estivesse
sozinha, neste mesmo momento, pedir-te-ia namoro.”
Isabel
Pinto, 47 anos, Setúbal
Desafio nº 67 – 8 palavras com EIT
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