No início da tarde, sentei-me na soleira da porta, à espera do Álvaro, como prometido.
Apertei-o na mão e lá
estava ele: estanque. Era meu.
Ouvi uns passos que
avançavam, com alguma hesitação, e
um corpo vestido com um pano cor de fogo e passo ligeiro assomou à esquina da rua e a
voz soltou-se:
– Tive conhecimento da desforra. Não tinha pensado
que o fizesses.
Mão aberta, peito feito, lancei-o e ele
rodopiou, bailou: o meu pião.
Arménia Madail, 56 anos, Celorico de Basto
Desafio nº 69
– lista de palavras, onde se inclui desforra
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