“Olhai o vagabundo que nada tem”
Como é triste não ter nada neste
mundo
Sem casa, sem família sem um bem
Que desolação e sofrimento
profundo
Irmão como é triste o teu destino
Vem comigo matar a sede à fonte
Como lamento que não tivesses
sido menino
Dá-me a mão e vem olhar o
horizonte
Eu ando nesta vida à procura dum
amor
Também estou só à deriva, eu
parti
“Tenho pena de mim… pena de ti…”
Maria Silvéria dos Mártires, 68 anos, Lisboa
O primeiro verso é de Manuel da
Fonseca, Rosa dos Ventos, 1940
O último verso é de A Minha Piedade, Inéditos, os últimos
poemas de Florbela Espanca
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