Alto, feio, cinzento,
quilómetros e quilómetros sem fim… O muro estava ali. A barrar a paisagem, a
travar o sonho, a coarctar a liberdade. A ânsia de ver e ir além dele crescia a
cada dia, cada momento. A vida em plenitude, em alegria, tem que ser vivida sem
barreiras.
Então, as gentes
juntaram-se e começaram a destruir os alicerces daquela barreira medonha e
aparentemente eterna. Um bocadinho aqui, um pouquito mais à frente.
Revezando-se, nunca desistindo.
Rosa Maria Pocinho dos Santos Alves, 51 anos, Coimbra
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