Ludmila Faneca era uma rapariga jovem e sonhadora. Vivia muito
perto da praia numa casa pequena e humilde. Seu pai era pescador, e sua mãe
peixeira.
O
seu querido pai, quando vinha do mar,
sentava-se num banco de cimento, exausto e silencioso. Ludmila Faneca observava-o com
ternura, e ouvia-o a dizer:
–
Estafermo da lamparina que não acende, a culpa é do regime...!
Sonhava
com melhor sorte. Foi então que pensou em tirar o curso estética de unhas.
Prazeres Sousa, 51 anos, Lisboa
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