Como recordava tempos de outrora,
em que se sentia vibrar
Com a vida, com um sorriso, com
uma melodia com uma paisagem,
Com o cantar dos passarinhos,
hoje deambula cansada arrastando-se
Pesadamente com dificuldade por
sítios sombrios e solitários.
A idade afastou-a de tudo e de
todos, vivendo em completa solidão
Hoje só um pensamento a invade.
Mocidade, onde estás tu?
Que me abandonaste assim
O tempo não perdoou
E olha no nada em que se transformou.
Maria Silvéria dos Mártires, 68 anos, Lisboa
Desafio nº 74 – nada em que se transformara
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