Casara com um homem mais velho e cedo se apercebera que não ganhara um
companheiro para a vida, mas um dono, um patrão exigente a cuja palavra ou
simples gesto obedecia. Por hábito, amor ou medo? Cinquenta anos tinham passado.
Agora, que ele morrera, ainda estaria a tempo de viver, à sua vontade, o seu
próprio tempo? Olhando o vaso em que lhe entregavam as cinzas do marido, só
conseguia pensar no nada em que se transformara…
Fernanda Ruaz, 66 anos, Lisboa
Desafio nº 74
– nada em que se transformara
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