A “boutique” estava linda – pensou Ludmila Faneca,
enquanto acendia a lamparina. Àquela luz até o cimento das
paredes lhe parecia querido e maravilhoso. Faltava só ligar a
luz para a inauguração. Comovia-se a pensar nas primeiras unhas que faria, aos
corações cor-de-rosa. Queria lá saber do estafermo da vizinha
do 2º andar, sempre a desfazer, sempre a fazer regime, sempre
irritada... tão magra que já nem tinha unhas de jeito. Pois havia de ficar a
roer-se toda!…
Paula Coelho Pais, 53 anos, Lisboa
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