Ao ouvir os saltos altos
no cimento, muitos olhos seguiam o corpo estafermo daquela faneca. Todavia, ninguém
reconheceu o gordinho de vinte anos passados, e não só por causa dum regime persistente. Ludmila, especialista de beleza, voltava para casa
paterna.
A mãe, ao pé da lamparina sentada, gritou de alegria quando viu aparecer Ludmila no vão. Até da
cara pálida do pescador, desapareceu toda a mágoa.
"Ó João, querido."
Um abraço de ternura.
"Ludmila, pai,
chamo-me Ludmila".
Theo De Bakkere, 61 anos, Antuérpia, Bélgica
Sem comentários:
Enviar um comentário