Olha, falo duma original ideia, meu amor: logo, à hora da
novela, vou à janela e dou um beijo no ar. É bom que ninguém me veja, querido.
Adoro o enigma!
Ignora quem olhar. Finge olhar a lua ou alguma flor. É bom
mandar um beijo na doçura morna daquela hora do fim do dia. Quando o dia é
lugar de luz e vigília, o fim dele é ainda melhor quando dá lugar ao verdadeiro
amor.
Fernanda Ruaz, 66
anos, Lisboa
Desafio nº 78
– escrever sem C P S T
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