Em fragilidade, pediu
colo ao amigo. Aninhou-se no seu corpo. Festas de carinho, no rosto, demoradas
no tempo, 66?!
Anoiteceu.
Deitaram-se. Mãos dadas, corpos afastados; distância imposta.
Conversaram longas
horas. Diálogo de descoberta; afectos; intercalado por beijos: rosto; mãos.
Os corpos teimavam na
insónia. Tanto para dizer; sentir.
Madrugada: um beijo
resvala para os lábios dela. Beijaram-se, "só", 69 vezes,
num afecto indizível, interdito - seres perdidos (?!) em emoções indecifráveis.
Sabem do fim
anunciado, sempre adiado. Até quando?
Isabel Pinto, 47 anos, Setúbal
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