27/02/15

Fingimentos

Depois do fim, a vida possui o amargo sabor a recomeço. Sem saber porquê, para quê, tudo o que conhecemos transforma-se, e se somos tela em branco ou pintada a sangue não importa. Depois do fim, a ânsia de encontrar o que perdemos de nós, o que perdemos em nós, o que resta de nós. E, no fim, cacos, vidros, lágrimas e sorrisos. Fingimentos! E gritámos, e sofremos e queremos que depois do fim não exista fim.

Ana Sofia Cruz, 17 anos, Porto

Desafio nº 64 – texto começando por “Depois do fim…”

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