Noutro dia, o Chico ardina dos
jornais visitava a salina com a sua sacola (a qual não largava).
Olhava a água pura, a flor do
sal, os pássaros.
Um puxão brusco assustou o coração,
surripiando-a.
Anos a trabalhar, nacos
jornalísticos, palavras cronicistas “voaram” da sua visão.
Mas, um rasgo luzidio abrilhantou
o sumiço: construir com o agora vazio um livro titulado “história da minha
sacola”, canonizado da litania paradigmática do passado laboral lapidado num
futuro não mortal.
Ana Mafalda, 45 anos, Lisboa
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