Uma tosse seca despertou o elefante.
Mal-humorado procurou o desaforado que lhe interrompia o sono. Num canto, o
agrafador contorcia-se. Um agrafo ficara encravado, dificultando-lhe a
respiração.
O elefante, solícito, bateu-lhe nas
costas, preparou um chá de lírio, ouvira dizer que era bom para a garganta.
Nada. O agrafador estava quase roxo.
De repente, o silêncio. O elefante,
zeloso, ainda tentou a respiração tromba à boca, tarde demais, o pobre já
partira para o mundo do ferro-velho.
Quita Miguel, 55 anos, Cascais
Desafio nº 89 – hist c
tosse+lírio+elefante+agrafador
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