Blimunda, pobre Blimunda, tanto ouviu o que não queria que
deixou de acreditar no que queria. Perdeu-se em caminhos vãos, quase que
desistia por um “não”. Agora nada a detinha. O mundo pertencia-lhe, os seus pés
já não eram do chão. Na memória ecoavam as doces palavras de Baltazar “Voa,
voa, pequeno ser, voa até mim…” Assim fez, qual pássaro livre, rumando ao novo
mundo, ao paraíso onde a aguardava o seu sempre amor, o seu “sim”.
Elisabete Bernardo, 47 anos, Santo António dos
Cavaleiros
Desafio nº 91 – cena metafórica de
gota de chuva que acaba numa poça
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