02/06/15

Blimunda

Blimunda, pobre Blimunda, tanto ouviu o que não queria que deixou de acreditar no que queria. Perdeu-se em caminhos vãos, quase que desistia por um “não”. Agora nada a detinha. O mundo pertencia-lhe, os seus pés já não eram do chão. Na memória ecoavam as doces palavras de Baltazar “Voa, voa, pequeno ser, voa até mim…” Assim fez, qual pássaro livre, rumando ao novo mundo, ao paraíso onde a aguardava o seu sempre amor, o seu “sim”.

Elisabete Bernardo, 47 anos, Santo António dos Cavaleiros

Desafio nº 91 – cena metafórica de gota de chuva que acaba numa poça

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