Era
aquela hora sem tempo em que o corpo relaxado e livre desliza lentamente para o
sono.
Estranho
nunca termos consciência desse momento feliz.
Naquela
noite, o estrondo de uma porta a bater
rasgou a madrugada e acordou Luísa.
Sentada,
de olhos muito abertos via o clarão
enquanto o coração batia descontrolado.
Silêncio,
nada que explicasse aquilo. Só uma forte sensação de presença e a terrível
saudade do pai se apoderaram dela.
Não,
não era uma ilusão.
Concha Cassiano
Neves, 66 anos, Lisboa
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