Quatro paredes,
uma porta,
quatro paredes.
Isto é a civilização,
isto é o homem de hoje:
mais quatro menos um mais cinco.
Números,
contagens:
quantos passos para lá?
quantos passos para cá?
Isto é a civilização,
isto é o homem de hoje:
quatros paredes mais uma,
menos uma porta mais duas,
quatro janelas menos três.
Assim adormece o homem,
assim deixa fugir o sonho
na contagem
de paredes,
portas,
janelas.
E as árvores
indiferentes,
murmurando
[lá fora].
Jaime A.,
51 anos, Lisboa
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