Sábado
de manhã, Portela telefonou, a voz entaramelada, denunciando a tosga da noite anterior. Os colegas
haviam-se mostrado prestimosos e eficientes ao celebrar a vitória que lhe
entufara o peito. Togas vestidas, copos com gotas transbordantes,
celebrações de quem gosta de se superar, de quem sente orgulho
por fazer o outro perder.
Agora, gasto, reconhecia o erro de se
ter deixado guiar pela ausência de limite, enquanto tentava ganhar coragem para
se levantar e alimentar os gatos.
Quita Miguel, 55 anos, Cascais
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