Depois do fim,
renascia. Fugira da guerra, agarrada à vida. Diante da guerra a vida eleva-se.
Nada se assume com tamanha grandeza. Perde-se o nosso mundo, o aconchego dos
dias feito ao nosso jeito. Perdem-se as ruas, os amigos, o odor da chuva
batendo na terra. Acredita-se que outro sol irá brilhar, outro marulhar virá.
E, não querendo perder tudo, amarramos na lembrança o que se extinguiu. Para
que o renascer se faça presente, depois do fim.
Amélia Meireles, 62 anos, Ponta Delgada
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