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No site da Rádio Sim
Queria falar,
envolver-me no enredo que imaginei no meu mundo, revelando o que me faria rir.
Nada fiz.
Queria bradar
ao mar, envolver-me na alhada que me levaria a elevá-lo a herói. Nada fiz.
Queria, queria,
nada fiz, nada.
Deixei-me
abrandar na vida, e ele adquiriu a energia e o vigor que o levariam ao fim do
meu mundo. Nada fiz.
A vida foi e
veio, ele fora dela e de mim. Agora, anulada, imagino-me uma foragida.
Margarida Fonseca Santos, 54 anos,
Lisboa
Desafio
nº 78 – escrever sem C P S T
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